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Em meio à segunda revolução industrial, foi criado o Taylorismo, um modelo de organização para empresas



O Taylorismo, também conhecido como Administração Científica, é um método de organização que foi desenvolvido no final do século XIX, em meio a 2ª Revolução Industrial, pelo americano Frederick Taylor, com o foco em otimizar o fluxo de trabalho. Nascido em 1856, Taylor já começou a trabalhar como aprendiz de mecânico cedo, aos 18 anos, enquanto estudava no Instituto de Tecnologia de Nova Jersey, onde fazia um curso de Engenharia Mecânica.

Em 1881, na empresa Midway, Frederick se tornou engenheiro chefe, posição em que ele, depois de ganhar mais experiência e observar os operários, percebeu certos fatores, como o fato de que os funcionários mais experientes ensinavam tudo aos novatos, e por causa disto, eles ganhavam uma maior autoridade, além da capacidade de controlar o ritmo do trabalho. Então, para resolver isso, o americano dividiu todo o processo de produção em partes, de modo que fosse mais fácil ensinar os novatos, visto que agora só seria necessário aprender uma única função na produção, assim como também estimulou um tempo em que os funcionários deveriam finalizar suas partes, para acelerar todo o processo de trabalho, tudo isso para que a ineficiência da produção fosse minimizada.

Taylor pensava que havia necessidade de dividir o trabalho entre os produtores e aqueles responsáveis por pensar nas formas de produção, assim como também oferecia salários maiores para os funcionários que mais trabalhavam (Aqueles que produziam mais peças no tempo estipulado) e os com mais alta hierarquia, pensamentos que se tornaram importantes para o Taylorismo.

Frederick trabalhou em diversos locais, sempre levando seu método de produção consigo, desde a Manufacturing Investment Company, até mesmo a Associação Americana de Engenheiros Mecânicos, onde foi eleito presidente em 1906.

Ele veio a falecer em 1915 devido a uma tuberculose, mas, mesmo com sua morte, seu método de produção continuou vivo. Além das diversas empresas pelas quais passou, Taylor também escreveu diversos livros, incluindo obras que falaram sobre seu método, como o “The Principles of Scientific Management” (Princípio da Administração Científica), que ajudaram a espalhar seus pensamentos.



Os conceitos e características do Taylorismo, na qual segue fundamentos para melhor custo benefício



Com as observações de Taylor direcionadas ao objetivo de elevar a produção industrial, evitando, deste modo, a lentidão da execução de tarefas dos operários, o Taylorismo segue uma série de fundamentos para melhor custo-benefício no trabalho e seu aperfeiçoamento.

Um deles, sendo o mais importante neste modo de produção, é a adoção do método científico na administração: um seguimento de regras na qual criam um padrão de pesquisa, formulando teorias para fenômenos ocorrentes. No Taylorismo, é utilizado análises, observações e experimentações com o foco de aumentar a produção no trabalho, identificando-se pontos de ineficiência para criar e desenvolver formas que resolvam tais barreiras, através de medição, controle e treinamento.

O segundo ponto é a divisão de tarefas, na qual distribuiria, para os trabalhadores, afazeres simples, específicos, repetitivos e de fácil execução. Em conjunto, haveria a hierarquização destes trabalhos, para se obter uma sequência lógica, onde cada operário realiza uma pequena parte do processo da produção.

O terceiro fundamento é o aumento dos salários, para garantir motivação dos empregados, fazendo-os trabalhar mais eficientemente, na qual geraria produtividade; peça fundamental para o bom funcionamento da fábrica. Inúmeras vezes, a introdução de tecnologias - característico do Taylorismo, dado o amplo incentivo das pesquisas - acarreta em menos operários, podendo oferecer remunerações mais numerosas a estes trabalhadores.

A quarta característica é a dinâmica de promoção e gratificação dos trabalhadores. Como no ponto anterior, a motivação dos empregados traz consequências diretas aos processos de produção do trabalho. Portanto, um gerenciamento de valorização dos trabalhadores mais eficientes, nas quais são os mais capacitados, tanto de realizar suas tarefas mais rapidamente como executá-las com menos erros, é amplamente aconselhado ser usado, de acordo com o Taylorismo. Os benefícios seriam considerados como posições mais elevadas de gerenciamento, e como o aumento de salários (abordado no terceiro tópico).

Em consequência destes fundamentos, o quinto tópico discutiria a necessidade da criação de postos de gerenciamento, visto que, para cumprimento das exigências do Taylorismo, precisaria de controle e supervisão. Para isso, deve-se expandir a gerência para garantir a execução das tarefas na empresa de acordo com as normas e procedimentos estabelecidos. A ideia é supervisionar e coordenar as ações do local de trabalho, sendo de responsabilidade dos gerentes, que irão organizar e monitorar. Seguindo a visão do Taylorismo, os gerentes deveriam ser especialistas em métodos de trabalho cientificamente comprovados, para orientar os empregados a seguir as técnicas mais eficientes e produtivas.

O sexto componente do Taylorismo é o controle rígido do tempo. Já que a meta é maximizar a eficiência e produtividade, teria que haver um controle preciso do tempo gasto nas atividades da fábrica. Nisso, os empregados seriam supervisionados para assegurar a realização dos trabalhos dentro do tempo prescrito. Essas cargas horárias eram definidas pela gestão científica da fábrica.

O sétimo aspecto deste modo de produção era a padronização de métodos. Acreditava-se que poderia beneficiar as fábricas se os meios de trabalho fossem analisados e simplificados, se criando uma categoria. Seria estabelecido uma sequência de etapas ideal de uma determinada tarefa, através da observação de como cada passo poderia ser mais eficiente. Com uma sequência de etapas definida, seria criado, a partir disso, um padrão a ser trabalhado pelos empregados de toda a empresa. Os resultados eram de execução de processos da fábrica de forma uniforme, consistente e com uma considerável diminuição dos erros.

Para uma qualificada execução dos processos de produção, é necessário treinamento e aperfeiçoamento dos trabalhadores, sendo este o oitavo fundamento do Taylorismo. Buscando a especialização dos operários, era preciso ensiná-los as técnicas e métodos mais eficientes, de acordo com os padrões de produção estabelecidos pela empresa para, assim, haver profissionais capacitados para melhor execução de seus afazeres.

O nono destaque que o Taylorismo faz é a divisão de responsabilidade entre os trabalhadores e gerência. Para Taylor, deveria haver total clareza das funções e responsabilidades dos operários e gerentes na empresa. Enquanto os trabalhadores realizariam tarefas atribuídas a eles, a gerência seria responsável por organizar, supervisionar e controlar todo o processo de produção. Isso ocasionaria na diminuição de interferências e desperdício de tempo e recursos.

O último ponto é a seleção dos trabalhadores baseado nas habilidades e conhecimentos que estes indivíduos possuírem, dependendo dos postos nas quais seriam contratados pelas respectivas empresas. Deste modo, seria necessário um cuidadoso processo de identificação de capacidades necessárias para ocupação de determinado ofício. Além disso, características como disciplina, dedicação e pontualidade poderiam ser consideradas pelo empregador.

Na época, dadas as análises feitas nas características do Taylorismo, Taylor pretendia mudanças radicais no modelo de administração vigente em seu tempo.

O Taylorismo possui inúmeras curiosidades, desde do Taylor ser tenista até sua criação de aço de alta velocidade:



- Para os dias atuais o taylorismo permitiu a produtividade e a dinâmica das empresas, entretanto com a mecanização de tarefas houve um aumento nas demissões.

- Taylor era um ótimo tenista, tanto que em 1881, fazendo dupla com Clarence Clark, foi campeão do primeiro Aberto dos Estados Unidos.

- Em 1898, Taylor, juntamente com Maunsel White, criou o aço de alta velocidade, um material que ainda hoje é utilizado para fabricar ferramentas de corte.

-Frederick Taylor foi um homem muito condecorado, recebendo uma medalha de ouro na Exposição de Paris de 1900 por suas ferramentas de aço de alta velocidade; a medalha Elliott Cresson também em 1900, essa sendo a maior condecoração concedida pelo instituto Franklin; e o título Honoris Causa em Ciências em 1906, pela Universidade da Pensilvânia.

- Henry Ford, criador do Fordismo, se inspirou diretamente nas ideias do Taylorismo, porém, diferentemente de Taylor que fez de sua ideia apenas teórica, Ford fez do Fordismo prático, o aplicando em sua indústria de automóveis.



Referências Bibliográficas



https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/taylorismo

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/taylorismo.htm

https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/principios-do-taylorismo.htm

https://brasilescola.uol.com.br/amp/quimica/metodo-cientifico.htm

https://www.politize.com.br/taylorismo/

https://www.todamateria.com.br/taylorismo/

https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Curiosidades-Taylorismo/51341195.html

https://www.ebiografia.com/frederick_taylor/